FATOS HISTÓRICOS DA “SANTA CASA DE CARIDADE”
DE DIAMANTINA
HOMENAGEM AOS 220 ANOS DE SUA FUNDAÇÃO
23 / maio /1790 – 23 / maio / 2010
“Diamantina Patrimônio da Humanidade”
“Santa Casa Patrimônio da Comunidade”
(Doutor Fernando Antônio Lopes Magnani)
PARAFRASEANDO O LAHMA / DOUTOR:
"Não se deve esquecer: O Antigo se harmoniza com o Moderno
e o Moderno se abraça fraternalmente com o Antigo.
Nas Práticas Médicas: no Antigo se possui a Sabedoria;
no Moderno (atual) se tem a Tecnologia;
Ação com Sabedoria e Tecnologia.
Aqui deve ser um lugar de `cuidar da pessoa ´, do paciente;
não só das doenças e enfermidades:
Aqui é lugar de ` Cuidar da Vida ´.
A Arte Médica é ofertada, outorgada pelo
Grande Arquiteto dos Universos, por Deus"!
“Onde existe Arte, tem de haver
um mestre Artesão”.
Pesquisas e Doação da Escritora Diamantinense
Maria da Conceição Duarte Tibães,
autora do Livro:
“O ARTÍFICE JOHN ROSE, UM INGLÊS EM DIAMANTINA”.
um mestre Artesão”.
Pesquisas e Doação da Escritora Diamantinense
Maria da Conceição Duarte Tibães,
autora do Livro:
“O ARTÍFICE JOHN ROSE, UM INGLÊS EM DIAMANTINA”.
TONINHO – (Antônio Carlos Fernandes) – 1º Secretário da Mesa
Administrativa da Santa Casa de Caridade: - “Gostaria de ouvir alguma coisa sobre a Construção do Novo Prédio da “Santa Casa de Caridade” de Diamantina, e da Capela, outra obra atribuída a JOHN ROSE, responsável dos Cartões Postais de Diamantina,
no final do século XIX.
Sei que o senhor Geraldo Magela Tibães, (bisneto do Construtor)
e Dona Maria da Conceição Duarte Tibães, sua esposa,
além de conhecerem a História, fizeram uma boa pesquisa
sobre ela”.
e Dona Maria da Conceição Duarte Tibães, sua esposa,
além de conhecerem a História, fizeram uma boa pesquisa
sobre ela”.
A escritora, desde os 10 anos de idade, é frequentadora
assídua da “Santa Casa”.
assídua da “Santa Casa”.
GERALDO – Sim. Exatamente. A Tia Modestina Falci,
que era irmã de minha avó Cristina Falci, (nora de JOHN ROSE, casada com seu filho João Miguel Rose),
sempre nos falava sobre este assunto, dizendo que foi
JOHN ROSE
o Construtor da Capela e dos Pavilhões Novos
da “Santa Casa de Caridade”.
que era irmã de minha avó Cristina Falci, (nora de JOHN ROSE, casada com seu filho João Miguel Rose),
sempre nos falava sobre este assunto, dizendo que foi
JOHN ROSE
o Construtor da Capela e dos Pavilhões Novos
da “Santa Casa de Caridade”.
Tia Modestina residiu juntamente com a tia Zezé,
Maria José Falci Rose (neta de JOHN ROSE e irmã da Mamãe, Maria Cristina Falci Rose Tibães), muito tempo,
na Rua da Caridade 133, onde hoje reside a senhora
Terezinha da Conceição Reis Mota, esposa do falecido
Antônio “Caixinha”.
Maria José Falci Rose (neta de JOHN ROSE e irmã da Mamãe, Maria Cristina Falci Rose Tibães), muito tempo,
na Rua da Caridade 133, onde hoje reside a senhora
Terezinha da Conceição Reis Mota, esposa do falecido
Antônio “Caixinha”.
Esta casa é em frente a “Santa Casa” e,
“logo que se vê, nota seu o estilo Inglês”, comentou a senhorita
“logo que se vê, nota seu o estilo Inglês”, comentou a senhorita
Leila Guedes, nossa vizinha.
Fizemos pesquisas nos livros antigos da “Santa Casa”,
como também na Biblioteca “Antônio Torres”.
CONCEIÇÃO
– Foram lidos os Relatórios da Administração da “Santa Casa” de 1870 a
1890 e Livros de Receitas e Despesas de maio de 1832 a julho de
1908 encontrados, ainda em bom estado
e apresentados pela Mesa Respectiva e pelos senhores
Provedores daquele tempo.
e apresentados pela Mesa Respectiva e pelos senhores
Provedores daquele tempo.
A impressão de alguns Relatórios foi feita na
“Oficina Typographica” do Commendador Herculano Carlos
de Magalhães e Castro o “Cula”, compadre de JOHN ROSE, padrinho de Herculano Boby Rose, bem como proprietário
“Oficina Typographica” do Commendador Herculano Carlos
de Magalhães e Castro o “Cula”, compadre de JOHN ROSE, padrinho de Herculano Boby Rose, bem como proprietário
do Jornal “O Jequitinhonha” e Thezoureiro daquela época.
(Folheto da Conta Corrente do ano de 1871).
No Relatório sobre a “FUNDAÇÃO E HISTÓRIA”,
Na pág. 02, lemos o seguinte:
“A
23 de Maio de 1790, dia em que cahio a festa da Pascoa do Espírito
Santo, foi fundada a “Casa de Caridade” do então Arraial do Tijuco e
hoje cidade de Diamantina, sendo o Governador da Capitania das Minas
Gerais o Visconde de Barbacena, Intendente Geral dos diamantes no
referido arraial o dezembargador Luiz Beltrão de Gouveia e fiscal o Dr.
João Ignácio do Amaral,de terrível memória.
Para
esse fim, comprou-se ao Capitão Manoel de Souza por 3:500 cruzados, uma
pequena casa de defeituosa construção, em frente da ponte de pedra que
vae ter à Rua da Luz. Essa quantia foi paga em partes iguaes pelo
Capitão Manoel Rodrigues de Carvalho e pelo Revd. Pe. Dr. Carlos da
Silva e Oliveira Rolim.
Esse
Padre Rolim era filho de José da Silva Rolim e Oliveira, em cuja casa,
um ano antes se fazia aqui as reuniões secretas dos chamados
INCONFIDENTES, e irmão do PADRE JOSÉ DA SILVA E OLIVEIRA ROLLIM, que por
largos annos jazeu na prisão de Limoeiro, em Lisboa, acusado como
cúmplice do TIRADENTES e dos outros auctores da mallograda tentativa da
independência do Brasil em 1789.
Como
se sabe, pelas “Memórias do Distrito Diamantino”, do Dr. Joaquim
Felício dos Santos, JOAQUIM JOSÉ DA SILVA XAVIER, O “TIRADENTES”, na sua
passagem pelo Tijuco, vindo da Bahia para Vila Rica, iniciara na
gloriosa conjuração republicana com diversos habitantes de nossa
população e a família Rolim, tornou-se aqui o núcleo dos patriotas.
O
Padre José da Silva Rollim sofria a prisão e o degredo na África,
enquanto seu ilustre irmão fundava o Hospital do Tijuco. Assim por mais
de um titulo é essa família credora das sympatias do povo
diamantinense".
Comprada a casa foi ella entregue ao ERMITÃO MANOEL DE JESUS FORTES, COGNOMINADO IRMÃO FUNDADOR E ZELADOR GERAL DO HOSPITAL
E MAIS TARDE “ ESMOLER”
CONSTRUÇÃO DO NOVO EDIFÍCIO DO HOSPITAL
Falando sobre o EDIFÍCIO DO NOVO HOSPITAL,
lemos o seguinte:
“A
antiga casa, construída em 1792, era um edifício de construção
acanhada, em parte térrea, sem compartimento adequado, com mesquinhos
quartos forrados de esteira, mal arejados e sem nenhuma das condições
sanitárias requeridas em um Hospital (...).[Image]Da Mesa Administrativa
fazião parte como Provedor o Dr. Manoel Alves Ferreira Prado e o
Thezoureiro o Commendador
Sr. Herculano Carlos de Magalhães e Castro, "o Cula"
(desde 1864 até 1870).
Compenetrada
da necessidade de crear um novo edificio segundo os preceitos da
hygiene e digno da importante Cidade de Diamantina, consultando os seus
sentimentos de caridade e desejos de prestar tão relevante serviço ao
nosso torrão, emprehendeu elevar desde o alicerce e sobre as ruínas do
casebre o BELO HOSPITAL QUE HOJE CONTA-SE ENTRE OS MELHORES EDIFICIOS DE
NOSSA CIDADE".
"Para
esse audaz commetimento, só havia em cofre a quantia de 535$000. Não
menos de 30:383$201 agenciou por subscripção, esmolas e donativos a
ilustre mesa credora da gratidão dos que se interessão pela causa da
pobreza enferma (...).
Em 02 de
janeiro de 1866 ergue-se o primeiro esteio da construção do novo
hospital.No primeiro de janeiro de 1867, teve lugar a cerimônia
religiosa da benção da capella da Padroeira “Santa Isabel”, pelo Ex.mo e
Rev.mo. Sr. D. João Antonio dos Santos, Bispo de Diamantina”...
(paginas 7,8 ss.).
UMA PARTICULARIDADE
QUE CHAMA A NOSSA ATENÇÃO:
NO JARDIM INTERNO DO PRÉDIO DA “SANTA CASA”,
NO JARDIM INTERNO DO PRÉDIO DA “SANTA CASA”,
para ventilação das enfermarias e quartos dos pensionistas, são
os detalhes arquitetônicos idênticos aos do Mercado Municipal, (Velho); os arcos eram construídos de madeira, hoje substituídos por alvenaria, porém foi deixada uma amostra, antes da escada que leva aos consultórios do andar térreo e ao Laboratório, por sugestão do Senhor Doutor José Aristeu de Andrade.
os detalhes arquitetônicos idênticos aos do Mercado Municipal, (Velho); os arcos eram construídos de madeira, hoje substituídos por alvenaria, porém foi deixada uma amostra, antes da escada que leva aos consultórios do andar térreo e ao Laboratório, por sugestão do Senhor Doutor José Aristeu de Andrade.
Pode-se fazer uma comparação entre os “irmãos estilísticos”:
prédios do Jardim da “Santa Casa” e do Mercado Velho de Diamantina, com a Rancharia Britânica de Honduras,
na América Central (Belice)
“No
século XIX, os ingleses marcaram de forma acentuada a arquitetura, a
música e uma variedade enorme de artes mecânicas. Aproximadamente nessas
referidas construções, observa-se os mesmos traços definidores de um
determinado estilo”.
(Antônio Carlos Fernandes, 1º Secretário da Mesa Administrativa
da “Santa Casa”, em 2010)
Infere-se
que os Arquitetos e Urbanista Oscar Niemeyer e Lúcio Costa, inspirados
em obras de JOHN ROSE, tais como esses detalhes arquitetônicos, e
decorações das janelas do Fórum, entre outros, materializaram a
influência recebida desse artista que pode ser percebida em monumentos de Brasília.
(Seguem
explicações excelentes sobre toda a construção. Por falta de espaço,
não há condição de copiá-las. Em tudo, porém, vemos a marca do Arquiteto
Inglês, John Rose, seu estilo).
(Foto da Rancharia doada pelo Historiador Antônio de Paiva Moura, de seu acervo, tirada do Volume III
da Enciclopédia “Mundo Pitoresco”, S. Paulo. Ed. Jackson, 1972, (pág. 692)
da Enciclopédia “Mundo Pitoresco”, S. Paulo. Ed. Jackson, 1972, (pág. 692)
Foi esta a “Fonte de Inspiração” de John Rose para construir
o Jardim da “Santa Casa”e o Mercado Velho de Diamantina.
o Jardim da “Santa Casa”e o Mercado Velho de Diamantina.
5ª – Foto de prédio reformado por JOHN ROSE, naquela época, para residência de Dom João Antônio dos Santos.
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