sexta-feira, 18 de abril de 2014

FATOS HISTÓRICOS DE DIAMANTINA (V)

UMA  SEMANA   DA  PÁTRIA  “DIFERENTE”   EM   DIAMANTINA
 SETEMBRO DE 1984
Projeto de Pesquisa sobre as Personalidades cujos nomes foram escolhidos para nomear Ruas de Diamantina e sua Atuação e Divulgação na Comunidade”.
Idealizado e  Coordenado  pela Professora, Escritora e Pesquisadora Diamantinense Maria da Conceição Duarte Tibães, através deste  “PROJETOde sua autoria, Diamantina comemorou com brilhantismo
a “SEMANA DA PÁTRIA” com participação de toda a Comunidade.
Às programações habituais, que lembram O EPISÓDIO HISTÓRICO DA “INDEPENDÊNCIA DO BRASIL”, foram acrescentadas atividades estudantis, planejadas e executadas  com o Objetivo de prestar homenagem a “Benfeitores de Diamantina” que, de acordo com Leis Municipais Sancionadas, passaram a dar nome a Ruas da Cidade.
         Intenso e Interessante trabalho de Pesquisa sobre os Homenageados foi desenvolvido pelos Colégios, com acolhimento da Prefeitura: Senhor Prefeito Antônio de Carvalho Cruz; Câmara Municipal: Presidente Luiz R.  Araújo;  5ª. Delegacia Regional de Ensino: Professora Célia Miranda e
Redação da Senhora Professora Neusa de Araújo Fernandes.
Durante os sete dias de Comemoração da SEMANA DA PÁTRIA, após o Hasteamento  das Bandeiras, com palco erguido em frente à Prefeitura,   foi   feita   a   apresentação   dos   resultados   dos   trabalhos,
em SESSÕES CÍVICAS.
Cada Colégio usando sua forma escolhida, jograis, cantos, redações, projeções, etc,   ofereceu a “HISTÓRIA DE VIDA” do seu Homenageado, buscando   divulgar    na   Comunidade   os   nomes   dos   PATRIOTAS,
que souberam servir  Diamantina.
Foi ressaltado, principalmente o trabalho pelo bem-estar de seu povo, nas mais diversas profissões, nas mais variadas atividades humanas.
ASSIM PROCURAMOS LEMBRAR A TODOS QUE TAMBÉM
“É SERVIR A PÁTRIA  O BEM VIVER E AMAR O PRÓXIMO”,
SEM   EXCLUIR    NINGUÉM.
RECEBERAM HOMENAGEM:
IRMÃ VITÓRIA BRANDÃO - Religiosa Vicentina, Filha da Caridade, educadora do Colégio “Nossa Senhora das Dores” que, durante muitos anos, dedicou-se à causa da Educação e Assistência aos pobres através da Associação das “Luisinhas”. Não se limitou a ser professora, foi educadora, eficiente orientadora educacional e, na maioria das vezes, verdadeira mãe das alunas internas do Colégio e dos pobres de Diamantina.
         Justa homenagem lhe foi prestada pelas alunas do  Colégio “Nossa Senhora das Dores”, de Diamantina onde passou toda a sua vida religiosa.      
         Em sua História tem um Episódio de Previsão  Importante sobre a mudança da Capital do Brasil, da cidade do Rio de Janeiro para Brasília.

         Ver no Livro: “O Artífice John Rose, um Inglês em Diamantina”. 
       Pág. 65, de autoria da Escritora Maria da Conceição Duarte Tibães.
        
         A Rua que recebeu o nome de Irmã Vitória Brandão, está localizada em frente ao Colégio “Polivalente”, hoje denominado Escola Estadual  “Professora Ayna Torres”.
A Homenagem lhe foi prestada dia 01 de setembro de 1984 - Sábado.




PEDRO  DUARTE  - Filho de Algemiro Pompuloni Duarte e Antonina Duarte, esposo da senhora Maria Luiza Horta, Industrial renomado, proprietário da “Fábrica de Biribiri”. É ele o  responsável pelos “Cartões Postais” de Diamantina, no século XX. Teve o seu nome ligado não só às atividades econômicas de nossa Cidade, mas à vida social, religiosa e cultural, que recebeu a cognominação de “Missionário do Bem e Embaixador da Cordialidade”, pelo Dr. Edson Lago Pinheiro, ex- Prefeito de Diamantina. (I.M.).
         “Sendo a vida profundidade e não extensão, para um Homem de Valor, cada instante é uma Vida”.  Faleceu com 41 anos de idade.
         Nossa Diamantina, por intermédio de Pedro Duarte, foi presenteada com a Praça de Esportes, Campo de Aviação, Escola de Aviação, Tiro de Guerra, Fábrica de Tecidos “Antonina Duarte, Quadros da “Via Sacra”, da Catedral e Seminário, etc...

.Sua Vida foi pesquisada pelos alunos da “Escola Normal”, hoje denominada Escola  Estadual   “Professor Leopoldo Miranda”.
         A Rua que recebeu o  nome de Pedro Duarte vai da sede do Tiro de Guerra até o Quartel do 3º Batalhão da Polícia Militar e o Colégio Tiradentes.
            Homenagem: dia 03 de setembro de 1984 - Segunda feira.


No seu livro de Trovas, "Estas Ruas Serpeantes", 
Padre Celso de Carvalho nos diz: 
"A Rua Pedro Duarte,
juntinho ao Tiro de Guerra,
lembra quem foi baluarte
dessa idéia em nossa terra".


SARGENTO MARIA –(José Maria de Oliveira) -  Doou  sua vida, através da transfusão de seu próprio sangue, a todos que a ele recorreram. Sentia aquela santa alegria de servir ao próximo, sem interesses materiais, com altruísmo e satisfação.
         O Colégio Tiradentes da Polícia Militar de Diamantina representou a voz dos diamantinenses, prestando-lhe tão merecida homenagem.
“Foi o maior doador de sangue do planeta”.
         A Praça do Arraial dos Forros, em frente a residência de seus familiares, recebeu o  nome Praça Sargento  Zé  Maria,  justamente um ano após seu falecimento. 
Homenagem dia 04 de setembro, Terça feira.
Sargento Zé Maria

DE LOTA – (José Joviano de Aguiar) - Quem não o conheceu!... Não faz muito tempo, já velho, trôpego, passeava pelas ruas de Diamantina, sempre com uma palavra amiga e aquela constante preocupação com a Cultura.
         Quem quisesse ouvir aquela “História de Diamantina”, contada com entusiasmo e fidelidade, era só dele se aproximar. 

Foi “tabelião que também tomava notas do Encanto de nossa Tradição”.
Eis o que disse sobre Zé de Lota, o poeta Pe. Celso de Carvalho 
em seu livro de Trovas: "Estas Ruas Serpeantes" .


         Residiu algum tempo no prédio do próprio Fórum, onde trabalhou por muitos anos. Os últimos dias de sua vida foram em um apartamento ao lado da sede da Maçonaria, na Praça Antônio Eulálio, com a Rua Antônio de Pádua Oliveira.
          Seu trabalho, preocupação com a “Vida de Diamantina” representavam para ele lazer, a  razão de seu viver.
         Prestaram-lhe homenagens os alunos do Colégio Diamantinense, com muita criatividade. A Rua que está localizada ao lado da Caixa Econômica Federal recebeu o nome de Rua Zé de Lota.
 Homenagem dia 05 de setembro de 1984.

Zé de Lota
  NÓBIS – (Manoel José Nóbis) - Músico, tocava com maestria os instrumentos Clarineta, Flauta, Saxofone e Requinta. Colocou  sua Arte a serviço da Banda de Música, do qual era Maestro, com o nome de Banda “Zé Nóbis”, deixando para todos a lembrança do entusiasmo e dedicação pelas atividades musicais em Diamantina e arredores.
         A Praça, bem no alto,  em frente ao Seminário Arquidiocesano, recebeu o nome de Praça Zé Nóbis cuja vida foi pesquisada e apresentada com alegria pelos alunos da Escola Estadual “Prof. Gabriel Mandacaru”.
Homenagem  dia 04 de setembro de 1984.

Zé Nóbis
NANÁ  BACELAR – (Maria José Bacelar de Ávila) - Assim era conhecida, a filha de um dos fundadores da Centenária Sociedade Beneficente “Nossa Senhora do Perpétuo Socorro”, Senhor Manoel Roque Bacelar.
         Seu amor e extrema caridade cristã fizeram desta pessoa um ser amado e procurado pela comunidade a quem serviu como verdadeira assistente social, amiga e enfermeira dos pobres. Viveu  mais de 50 anos cuidando da  Sociedade do Perpétuo Socorro como irmã benemérita.
         Prestou – lhe  homenagem  a  Escola  Estadual  “Polivalente”,  hoje
Escola Estadual “Professora Ayna Torres”.
         Esta Rua se encontra no Bairro da  Vila Operária.

Legenda  foto: Momento da Sessão Cívica em que aluna da Escola Estadual Polivalente, Maria Angélica Alves Pereira, prestava homenagem à Dona Naná Bacelar (foto com moldura). À esquerda, o Senhor Prefeito  Municipal Antônio de Carvalho Cruz.  À direita, o esposo e alguns filhos da Homenageada, no dia 06 de Setembro de 1984.
MONSENHOR GABRIEL – (Gabriel Amador dos Santos). Foi alvo de homenagem do Seminário Arquidiocesano, que bem de perto sentiu – lhe o ardor do sacerdócio devotado ao serviço de Deus e do próximo.
Coube-lhe a Provedoria e Capelania do Hospital de Nossa Senhora da Saúde, durante muitos anos com total entrega, bem como os trabalhos apostólicos realizados na Mitra Arquidiocesana, ao lado dos senhores Arcebispos:
D. Joaquim Silvério de Souza e D. Serafim Gomes Jardim.
Os seminaristas relataram cheios clareza e entusiasmo sua vida de Padre, realizada completamente com grande Vocação.
A Rua se localiza atrás da Igreja de Nossa Senhora do Rosário.

A Homenagem lhe foi  prestada dia 05 de setembro de 1984.

Monsenhor Gabriel
         Durante o majestoso   “DESFILE DE 7 DE SETEMBRO”, os Colégios apresentaram quadros criativos relacionados com  a vida de cada um dos  homenageados, extrapolando à recordação dos gloriosos “Fatos Históricos” que levaram o Brasil  a  País Independente.
          Dando uma conotação Cívica - Social do momento, houve apresentação de faixas, quadros vivos, carros alegóricos, que buscaram exteriorizar as necessidades, reedificações e a angústia que o Brasil estava vivendo naquele momento.
                  Foi uma forma de dizer, cantando as glórias do passado:
    - “Vamos, no presente, construir as glórias
para um Brasil melhor amanhã”!
“Que seja dado “novo grito” em favor de um País mais Harmônico,
mais voltado para os problemas sociais”.
Aconteceram, completando os festejos, EXPOSIÇÕES dos pertences dos homenageados em lugar especial da Cidade, na Praça J K, embaixo do Dália Hotel.
A VITÓRIA na disputa de “Voley”, acontecida no Campo do Colégio “Nossa Senhora das Dores”, entre os sete Colégios da Cidade,
 do Troféu “Pedro Duarte”, doado pela Prefeitura, coube ao
Colégio Tiradentes da Polícia Militar, dia 08 de setembro de 1984.
- CONCLUINDO, Agradecemos e Parabenizamos a todos os participantes da Comunidade Diamantinense que não mediram esforços para demonstrar seu entusiasmo e “Formação Moral e Cívica” em acatar este “PROJETO”.
- LAMENTAMOS que, um DOCUMENTÁRIO neste “quilate”, apresentado a outros Prefeitos de nosso Município e a Vereadores da Câmara Municipal, em outros tempos, para dar continuidade na colocação de Nomes das Ruas de Diamantina, com CIVISMO, não tivessem a devida percepção e não lhe deram o Devido Valor...!
FOI DITO À MINHA PESSOA QUE SE TRATAVA DE “UTOPIA”...
- Por acaso podemos “Viver uma Vida com Vida” sem Sonhar?
Maria da Conceição Duarte Tibães
Diamantina MG, 06 de agosto / 08  de setembro de 1984

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