UMA SEMANA DA
PÁTRIA “DIFERENTE” EM
DIAMANTINA
SETEMBRO DE 1984
“Projeto de Pesquisa sobre as
Personalidades cujos nomes foram escolhidos para nomear Ruas de Diamantina e
sua Atuação e Divulgação na Comunidade”.
Idealizado e Coordenado pela Professora, Escritora e Pesquisadora
Diamantinense Maria da Conceição Duarte Tibães, através deste “PROJETO” de sua autoria, Diamantina comemorou
com brilhantismo
a “SEMANA
DA PÁTRIA” com participação de toda a Comunidade.
Às programações
habituais, que lembram O EPISÓDIO
HISTÓRICO DA “INDEPENDÊNCIA DO BRASIL”, foram acrescentadas atividades estudantis,
planejadas e executadas com o Objetivo de prestar homenagem a “Benfeitores
de Diamantina” que, de acordo com Leis Municipais Sancionadas, passaram a dar
nome a Ruas da Cidade.
Intenso e Interessante trabalho de Pesquisa
sobre os Homenageados foi desenvolvido pelos Colégios, com acolhimento da Prefeitura: Senhor Prefeito
Antônio de Carvalho Cruz; Câmara Municipal: Presidente Luiz R. Araújo; 5ª. Delegacia Regional de Ensino: Professora
Célia Miranda e
Redação da Senhora Professora Neusa de Araújo
Fernandes.
Durante os sete dias de Comemoração da SEMANA DA
PÁTRIA, após o Hasteamento das
Bandeiras, com palco erguido em frente à Prefeitura, foi feita a apresentação dos resultados dos trabalhos,
em SESSÕES CÍVICAS.
Cada Colégio usando
sua forma escolhida, jograis, cantos, redações, projeções, etc, ofereceu a “HISTÓRIA DE VIDA” do seu Homenageado, buscando divulgar na Comunidade os nomes
dos PATRIOTAS,
que souberam servir Diamantina.
Foi ressaltado,
principalmente o trabalho pelo bem-estar de seu povo, nas mais diversas
profissões, nas mais variadas atividades humanas.
ASSIM PROCURAMOS LEMBRAR A TODOS QUE TAMBÉM
“É SERVIR A PÁTRIA O BEM VIVER E AMAR
O PRÓXIMO”,
“SEM EXCLUIR
NINGUÉM”.
RECEBERAM HOMENAGEM:
IRMÃ VITÓRIA BRANDÃO - Religiosa Vicentina, Filha da Caridade, educadora do Colégio
“Nossa Senhora das Dores” que, durante muitos anos, dedicou-se à causa da Educação
e Assistência aos pobres através da Associação das “Luisinhas”. Não se
limitou a ser professora, foi educadora, eficiente orientadora educacional e,
na maioria das vezes, verdadeira mãe das alunas internas do Colégio e dos
pobres de Diamantina.
Justa
homenagem lhe foi prestada pelas alunas do
Colégio “Nossa Senhora das Dores”, de Diamantina onde passou toda a sua
vida religiosa.
Em sua
História tem um Episódio de Previsão Importante sobre a mudança da Capital
do Brasil, da cidade do Rio de Janeiro para Brasília.
Ver no Livro: “O
Artífice John Rose, um Inglês em Diamantina”.
Pág. 65, de autoria da Escritora Maria da Conceição Duarte Tibães.
Pág. 65, de autoria da Escritora Maria da Conceição Duarte Tibães.
A
Rua que recebeu o nome de Irmã Vitória Brandão, está
localizada em frente ao Colégio “Polivalente”, hoje denominado Escola
Estadual “Professora Ayna Torres”.
A Homenagem lhe foi prestada dia 01 de setembro de 1984 - Sábado.
PEDRO DUARTE - Filho de Algemiro Pompuloni Duarte e Antonina Duarte, esposo da senhora Maria Luiza Horta, Industrial renomado, proprietário da “Fábrica de Biribiri”. É ele o responsável pelos “Cartões Postais” de Diamantina, no século XX. Teve o seu nome ligado não só às atividades econômicas de nossa Cidade, mas à vida social, religiosa e cultural, que recebeu a cognominação de “Missionário do Bem e Embaixador da Cordialidade”, pelo Dr. Edson Lago Pinheiro, ex- Prefeito de Diamantina. (I.M.).
“Sendo
a vida profundidade e não extensão, para um Homem de Valor, cada instante é uma
Vida”. Faleceu com 41 anos de
idade.
Nossa
Diamantina, por intermédio de Pedro Duarte, foi presenteada com a Praça de
Esportes, Campo de Aviação, Escola de Aviação, Tiro de Guerra, Fábrica
de Tecidos “Antonina Duarte, Quadros da “Via Sacra”, da Catedral e
Seminário, etc...
.Sua
Vida foi pesquisada pelos alunos da “Escola Normal”, hoje denominada
Escola Estadual “Professor
Leopoldo Miranda”.
A
Rua
que recebeu o nome de Pedro
Duarte vai da sede do Tiro de Guerra até o Quartel do 3º Batalhão da
Polícia Militar e o Colégio Tiradentes.
Homenagem: dia 03 de setembro de 1984 - Segunda feira.
Homenagem: dia 03 de setembro de 1984 - Segunda feira.
No seu livro de Trovas, "Estas Ruas Serpeantes",
Padre Celso de Carvalho nos diz:
"A Rua Pedro Duarte,
juntinho ao Tiro de Guerra,
lembra quem foi baluarte
dessa idéia em nossa terra".
SARGENTO ZÉ MARIA
–(José Maria de Oliveira) - Doou sua vida, através da transfusão de seu próprio
sangue, a todos que a ele recorreram. Sentia
aquela santa alegria de servir ao próximo, sem interesses materiais, com
altruísmo e satisfação.
O
Colégio Tiradentes da Polícia
Militar de Diamantina representou a voz dos diamantinenses, prestando-lhe
tão merecida homenagem.
“Foi o maior doador de sangue do planeta”.
A
Praça do Arraial dos Forros, em frente a residência de seus familiares, recebeu
o nome Praça Sargento Zé Maria, justamente
um ano após seu falecimento.
Homenagem dia 04 de setembro, Terça feira.
Sargento Zé Maria
ZÉ DE LOTA – (José Joviano de
Aguiar) - Quem
não o conheceu!... Não faz muito tempo, já velho, trôpego, passeava pelas ruas
de Diamantina, sempre com uma palavra amiga e aquela constante preocupação com a Cultura.
Quem
quisesse ouvir aquela “História de Diamantina”, contada com entusiasmo e
fidelidade, era só dele se aproximar.
Foi “tabelião que também tomava notas do
Encanto de nossa Tradição”.
Eis o que disse sobre Zé de Lota, o poeta Pe. Celso de Carvalho
em seu livro de Trovas: "Estas Ruas Serpeantes" .
Residiu
algum tempo no prédio do próprio Fórum, onde trabalhou por muitos anos. Os
últimos dias de sua vida foram em um apartamento ao lado da sede da Maçonaria,
na Praça Antônio Eulálio, com a Rua Antônio de Pádua Oliveira.
Seu trabalho, preocupação com a “Vida de
Diamantina” representavam para ele lazer, a razão de seu viver.
Prestaram-lhe
homenagens os alunos do Colégio Diamantinense, com muita
criatividade. A Rua que está localizada ao lado da Caixa Econômica Federal
recebeu o nome de Rua Zé de Lota.
Homenagem dia 05 de setembro de 1984.
Zé de Lota
ZÉ NÓBIS
– (Manoel José Nóbis) - Músico, tocava com maestria os instrumentos Clarineta,
Flauta, Saxofone e Requinta. Colocou sua
Arte a serviço da Banda de Música, do qual era Maestro, com o nome de Banda “Zé Nóbis”, deixando para todos a
lembrança do entusiasmo e dedicação pelas atividades musicais em Diamantina e
arredores.
A
Praça, bem no alto, em frente ao
Seminário Arquidiocesano, recebeu o nome de Praça Zé Nóbis cuja vida
foi pesquisada e apresentada com alegria pelos alunos da Escola Estadual “Prof. Gabriel
Mandacaru”.
Homenagem dia 04 de setembro de 1984.
Zé Nóbis
NANÁ BACELAR
– (Maria José Bacelar de Ávila) - Assim era conhecida, a filha de um dos
fundadores da Centenária Sociedade Beneficente “Nossa Senhora do Perpétuo
Socorro”, Senhor Manoel Roque Bacelar.
Seu
amor e extrema caridade cristã fizeram desta pessoa um ser amado e procurado
pela comunidade a quem serviu como verdadeira assistente social, amiga e
enfermeira dos pobres. Viveu mais de 50
anos cuidando da Sociedade do Perpétuo
Socorro como irmã benemérita.
Prestou
– lhe homenagem a Escola
Estadual “Polivalente”, hoje
Escola Estadual “Professora Ayna Torres”.
Esta Rua se encontra
no Bairro da Vila Operária.
Legenda foto: Momento da Sessão Cívica em que
aluna da Escola Estadual Polivalente, Maria Angélica Alves Pereira, prestava homenagem à Dona Naná Bacelar
(foto com moldura). À esquerda, o Senhor Prefeito Municipal Antônio de Carvalho Cruz. À direita, o esposo e alguns filhos da Homenageada, no dia 06 de Setembro de 1984.
MONSENHOR GABRIEL – (Gabriel Amador
dos Santos).
Foi alvo de homenagem do Seminário Arquidiocesano, que bem de perto sentiu
– lhe o ardor do sacerdócio devotado ao serviço de Deus e do próximo.
Coube-lhe a Provedoria e Capelania
do Hospital de Nossa Senhora da Saúde, durante muitos anos com total entrega,
bem como os trabalhos apostólicos realizados na Mitra Arquidiocesana, ao lado
dos senhores Arcebispos:
D. Joaquim Silvério
de Souza e D. Serafim Gomes Jardim.
Os seminaristas
relataram cheios clareza e entusiasmo sua vida de Padre, realizada completamente
com grande Vocação.
A Rua se localiza atrás da Igreja de Nossa
Senhora do Rosário.
A Homenagem lhe foi prestada dia 05 de setembro de 1984.
Monsenhor Gabriel
Durante o majestoso “DESFILE
DE 7 DE SETEMBRO”, os Colégios apresentaram quadros criativos relacionados
com a vida de cada um dos homenageados, extrapolando à recordação dos
gloriosos “Fatos Históricos” que levaram o Brasil a País
Independente.
Dando uma conotação Cívica - Social do
momento, houve apresentação de faixas, quadros vivos, carros alegóricos, que
buscaram exteriorizar as necessidades, reedificações e a angústia que o Brasil
estava vivendo naquele momento.
Foi uma forma de dizer, cantando as
glórias do passado:
- “Vamos, no presente, construir as glórias
para um Brasil melhor amanhã”!
“Que seja dado “novo grito” em favor de um País
mais Harmônico,
mais voltado para os problemas sociais”.
Aconteceram,
completando os festejos, EXPOSIÇÕES dos pertences dos homenageados em lugar
especial da Cidade, na Praça J K, embaixo do Dália Hotel.
A VITÓRIA
na disputa de “Voley”, acontecida no Campo do Colégio “Nossa Senhora das Dores”,
entre os sete Colégios da Cidade,
do Troféu
“Pedro Duarte”, doado pela Prefeitura, coube ao
Colégio Tiradentes da Polícia Militar, dia 08
de setembro de 1984.
- CONCLUINDO, Agradecemos e Parabenizamos a todos os participantes da
Comunidade Diamantinense que não mediram esforços para demonstrar seu
entusiasmo e “Formação Moral e Cívica” em acatar este “PROJETO”.
- LAMENTAMOS que, um DOCUMENTÁRIO neste “quilate”,
apresentado a outros Prefeitos de nosso Município e a Vereadores da Câmara
Municipal, em outros tempos, para dar continuidade na colocação de Nomes das
Ruas de Diamantina, com CIVISMO, não tivessem a devida percepção e não lhe
deram o Devido Valor...!
FOI DITO À MINHA PESSOA QUE SE TRATAVA DE
“UTOPIA”...
- Por acaso podemos
“Viver uma Vida com Vida” sem Sonhar?
Maria da Conceição Duarte Tibães
Diamantina
MG, 06 de agosto / 08 de setembro de 1984
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